Perdido em Israel - Trecho 248

 


1 de outubro de 2025


Existiam outras alternativas, mas elas não foram utilizadas. O Irã resolveu entrar na guerra – e dessa vez atacando com 200 mísseis poderosos e muitos drones também. Morreram israelenses (o montante não foi calculado) e a população inteira refugiou-se em bunkers e quartos seguros.
Resta saber se os ataques vão continuar ou se tudo, inclusive a destruição do Hezbolá, foi planejado para ser um convite para o Irã entrar em guerra franca contra Israel, uma vez que os aitolás preferiram sempre utilizar os grupos que financia a engajar-se diretamente nessa guerra. Resta saber, também, qual será o tamanho do contra-ataque de Israel, sobretudo agora que sua política militar tornou-se mais ampla e certeira.
Para desespero do planeta, que conta as perdas resultantes da desvalorização do dólar e da rápida subida dos preços do petróleo, a possibilidade de uma guerra total nunca foi tão elevada. E, é claro, com a participação de superpotências interessadas nos despojos políticos e econômicos de um conflito de tamanhas proporções.
Porque sempre foi isso que preocupou o mundo: uma guerra sem-limites com potencial de internacionalizar-se. Os sofredores que acompanham esse livro sabem que, eu mesmo, sempre acreditei na pior das hipóteses (ainda que torcendo contra). Duvido que a pequena população israelense junte forças militares para guerrear em tantas frentes. Então, não tenho dúvida alguma que o revide será pirotécnico. Para quem já matou o chefe da autoridade palestina nos arredores de Teerã e toda a liderança do Hezbolá em Beirute eu suponho que as próximas vítimas serão os próprios aiatolás e seus prepostos. Eis porque disse que o ataque de hoje soou como um convite para mudar tudo: os países da região, você, eu e o próprio futuro.

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