Perdido em Israel - Trecho 246


28 de setembro de 2024


A morte de Hasan Nazralah e de quase todas as lideranças do Hezbolá pode ser vista e analisada de muitas maneiras. Não vou perder tempo com isso. O fato é que ocorreu – e cada um que escolha o que pensar. Em termos de comparação proporcional, seria como se a Inglaterra tivesse matado Hitler ainda em 1941, num ataque certeiro.
A História (com H maiúsculo) teria mudado. E a história do Oriente Médio vai mudar, também. É o que clama a mídia mundial, informando que esse foi o maior ataque dessa guerra que já dura quase um ano e não há como ele ficar impune. Os aiatolás exortaram todas as nações islâmicas do planeta a uma guerra total contra Israel. Total e definitiva. Jihad em grande estilo.
Os israelenses estão em alerta total contra isso – o que não garante nada. Sua precisão militar foi comprovada e aquela inteligência que jogava dominó quando do ataque do Hamás, está em toda parte, talvez por efeito de alguma lavagem cerebral bem efetuada.
Mas nada disso serve quando um pequeno córrego enfrenta um oceano inteiro. Córregos não têm chance nenhuma. Espera-se, agora, o que virá – e deve mesmo vir. Se, como vingança, os iranianos matassem Netanyahu, talvez essa fosse a mais leve das retaliações. Entretanto, trata-se do momento mais explosivo de tudo o que acontece por lá, com potencial para tudo. Para países poderosos entrarem numa 3ª Guerra Mundial ou para o fim dos tempos.
Não gostaria de ser alarmista, mas acho que é hora de todos nós (inclusive os que escrevem aos pés de jaqueiras) pensarmos no assunto com a devida seriedade. Uma debacle total respingaria em todos, com a desestruturação da economia mundial e os novos formatos que o mundo vai adquirir.
Não faço votos para que Nazrallah descanse em paz, porque ele viveu em guerra. Meu amigo Guga Chacra garante que o ataque de hoje é a mais impactante desse século malfazejo, maior até do que a morte de Bin Laden, um ato que ceifou milhões de vidas em diversos países. Não sei. Só sei que é preciso esperar o pior.

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