Perdido em Israel - Trecho 243

 



21 de setembro de 2024

Evito falar sobre o recrudescimento da guerra entre Israel e Hezbolá, porque sinto que todos enlouqueceram naquela área, o número de ataques é crescente, assim como a mobilização de tropas (novas) de ambos os lados. Mais que isso: o conflito está em plena vigência e o que eu publicar agora, pode ser desmentido por fatos novos a qualquer momento. A humilhação do ataque a pagers e walkie-talkies acendeu um desejo intenso de o grupo devolver danos à Israel.
Para os que não sabem, há registros do país de até sete mil anos atrás. Não é um país qualquer, por nenhum ponto de vista. De frente para o mar e de costas para montanhas nevadas e vales vicejantes, foi ali que se desenvolveu a civilização fenícia, possivelmente uma das primeiras a avançar mar afora, com milenar tecnologia náutica. Não cabe, aqui, contar os erros e tragédias que levaram à sua situação política atual, mas é indiscutível que, há muito tempo, é um país que não governa a si mesmo. Hoje, seus “donos "provisórios são o Hezbolá e, por extensão, o Irã.
O conflito criou uma espécie de terceiro país que poderia ser chamado de Terra de Ninguém. Nem mesmo o Hezbollá controla o sul do Líbano e tampouco Israel controla o norte de seu país. Dezenas de milhares de judeus foram retirados de suas casas nas cidades do setor e transferidos para outras regiões, por cautela.
O cedro do Líbano, a grande árvore que virou um símbolo do país para o mundo, parece seguir resistindo nas montanhas. Nesse dia da árvore, seja ele a referência para as poucas pessoas que ainda praticam algum tipo de humanidade decente.

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