Perdido em Israel - Trecho 242
19 de setembro de 2024
Adeus às ilusões. Adeus ao tresloucado cientista de longas melenas que introduzi na história, em um arroubo de ficcionista. Está tudo esclarecido: uma empresa israelense de fachada, chamada BAC Consulting e sediada na Hungria vendeu ao Hezbolá os pagers bichados. Eles eram oficialmente produzidos em Taiwan pela Gold Apollo e neles foi introduzido um explosivo chamado PETN. A operação toda teve início quando Nazralah, o hoje desmolarizado líder do grupo terrorista resolveu desfazer-se de celulares (aparelhos facilmente devassáveis) e trocá-los pelos velhos pagers invioláveis.
Tudo começou muito antes do confronto com Gaza, em 2022. Para auferir maior credibilidade, a BAC Consulting produziu, também cargas de pagers sem explosivos para outros clientes. Os aparelhos começaram a entrar no Líbano, aos poucos, no início de 2022. Ninguém desconfiou e as compras do Hezbolá cresceram. Até que, anteontem, as pipocas começaram a estourar, resultando em diversas mortes e milhares de feridos – tantos que não foi nem possível atendê-los no Líbano e aviões lotados de doentes foram levados à hospitais do Irã.
A informação, em detalhes, foi revelada hoje pelo New York Times, tendo como prováveis fontes israelenses empolgados com a façanha.
Também hoje, para mostrar algum tipo de otimismo, o líder Nazrallah desafiou Israel a invadir o Líbano imediatamente “É o momento perfeito!”, avisou sorrindo, como (sabe-se lá) tivesse armas secretas para dar o troco.
De tudo isso, resta-me constatar que a ficção é muito mais divertida do que a realidade.
Adeus às ilusões. Adeus ao tresloucado cientista de longas melenas que introduzi na história, em um arroubo de ficcionista. Está tudo esclarecido: uma empresa israelense de fachada, chamada BAC Consulting e sediada na Hungria vendeu ao Hezbolá os pagers bichados. Eles eram oficialmente produzidos em Taiwan pela Gold Apollo e neles foi introduzido um explosivo chamado PETN. A operação toda teve início quando Nazralah, o hoje desmolarizado líder do grupo terrorista resolveu desfazer-se de celulares (aparelhos facilmente devassáveis) e trocá-los pelos velhos pagers invioláveis.
Tudo começou muito antes do confronto com Gaza, em 2022. Para auferir maior credibilidade, a BAC Consulting produziu, também cargas de pagers sem explosivos para outros clientes. Os aparelhos começaram a entrar no Líbano, aos poucos, no início de 2022. Ninguém desconfiou e as compras do Hezbolá cresceram. Até que, anteontem, as pipocas começaram a estourar, resultando em diversas mortes e milhares de feridos – tantos que não foi nem possível atendê-los no Líbano e aviões lotados de doentes foram levados à hospitais do Irã.
A informação, em detalhes, foi revelada hoje pelo New York Times, tendo como prováveis fontes israelenses empolgados com a façanha.
Também hoje, para mostrar algum tipo de otimismo, o líder Nazrallah desafiou Israel a invadir o Líbano imediatamente “É o momento perfeito!”, avisou sorrindo, como (sabe-se lá) tivesse armas secretas para dar o troco.
De tudo isso, resta-me constatar que a ficção é muito mais divertida do que a realidade.
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