Perdido em Israel - Trecho 239

 



16 de setembro de 2024

Só para lembrar: faltam apenas três semanas para eu encerrar minha correspondência. No dia 7 de outubro, quando a guerra alcançar seu primeiro aniversário, vou dar um final qualquer a essas minhas longínquas viagens a terras que não visito há 55 anos. Sinto-me um drone envelhecido e os fatos não colaboram para que a narrativa tenha qualquer brilho.
Desde há meses sei que tudo vai acabar mal, sem qualquer mudança de atitude de parte-a-parte, todas elas condicionadas ao poder de nações muito mais fortes. As pessoas, claro seguirão morrendo, algumas por Deus, outras pelo que chamam de Pátria.
Sinto, também, pelo número decrescente de likes ou comentários, que o tema cansou e incorporou-se à outras realidades do planeta. Esse livro terá, se publicado, um volume grande. Mas é provável que ninguém, nenhuma instituição engajada ou independente, faça qualquer esforço para editá-lo. “Perdido em Israel”deve terminar seus dias em algum back-up ou numa destas nuvens estranhas que vêm inundando ou provocando secas conforme, aliás, costumam fazer há décadas – hoje amplificadas pelo olhar aterrorizado de quem enxerga catástrofes ambientais oriundas do aquecimento global.
Será uma pena se isso ocorrer. Julgo, modestamente, que as 400 páginas já publicadas, têm ótimas ilações e outras nada inspiradas. Elas podem ser lidas, desde o começo, em meu blog livroaovivo.com. Se você tiver ideia de alguém disposto a tornar esse período da história do Oriente Médio uma obra digna de constar em prateleiras, agradeço.
Escrevam-me em ronnyhein@gmail.com. E deem vida a fatos que significaram e significam a morte.

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