Perdido em Israel - Trecho 225



15 de agosto de 2024

Um pouco mais sobre o Catar (ou Qatar). Trata-se de um pequeno apêndice da Arábia Saudita no golfo pérsico. Para lá e para o quase vizinho Bahrein afluem os abastados da região, em busca de prazeres secretos que outros país muçulmanos coibiriam. Tornou-se famoso ao patrocinar e adquirir times famosos de futebol da Europa e, supostamente, ao custo de bilhões de dólares, organizar uma Copa do Mundo de Futebol que, pelos padrões usuais, estaria fora de cogitação.
Rico, diz-se que é o país mais afortunado do planeta. A revista Forbes, aliás, cravou essa posição. Ditadura monárquica, nada é feito, no país, sem a severa supervisão do emir Thamim bin Ahmad al-Thani, que desdenha do Congresso (que vive fechando). Com belas e exóticas construções derretendo numa das orlas mais quentes do mundo, vive do petróleo e dos arranjos bilionários que faz com investidores. O Catar não cobra impostos de ninguém, o que o torna sede de inúmeras corporações,
Fontes dizem que o país tem como sonho ser a Suiça do Oriente Médio.
Pois é lá, numa das suntuosas mesas de Doha, que, hoje, Israel e diversas nações envolvidas no atual conflito. O Irã anunciou que se, finalmente, houver um cessar fogo, ele está disposto a não atacar Israel. As informações que de lá chegam dão conta de que o Hamás e Israel diminuíram suas respectivas exigências para que, enfim, se obtenha um resultado concreto.
Algumas versões dizem que o Irã quer assumir os trunfos pela paz e comandar a reconstrução de Gaza. Seria uma vitória para a nação dos aiatolás – e uma inaceitável solução para Israel. O Irã, encravado há poucas dezenas de quilômetros de Tel Aviv, seria o pior dos mundos.
Sempre cético, sigo não acreditando em acordos.

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