Perdido em Israel - Trecho 223
12 de agosto de 2024
Larguei mão por três dias. Peço desculpas aos que me acompanham com assiduidade, mas as notícias voltaram a beirar o ridículo. Muita politicagem interna em Israel e muito medo de que Kamala Harris prevaleça nas eleições norte-americanas.
Israel diz que é autossuficiente, capaz de lidar com qualquer problema, sem precisar da ajuda de ninguém. A julgar pelo noticiário a favor de Trump (que qualquer ser humano no domínio de sua inteligência sabe que é mentiroso, traidor e capaz de movimentos irresponsáveis para anunciá-los com sua empáfia habitual), os líderes israelenses só querem armas e mais armas e prestigiam quem está mais próximo da indústria que as produz e anda, como sempre, vicejante.
Também se comenta, nos jornais hebraicos, temas locais corriqueiros, todos elevados à décima potência, dado o momento de patriotismo exacerbado.
Sempre, durante esses meses de correspondência, é muito mais difícil extrair notícias dos grupos deliberadamente inimigos – o que arrasa com minhas tentativas de isenção.
O que mais me importa, como tenho sublinhado, não é apenas o estrago irremediável que já se produziu na opinião pública sobre judeus de todo o mundo. E, é claro, como essa multidão que não lê, não tem referências, nem congruência, vai seguir espalhando.
Mas até isso está ficando chato.
O que me leva a voltar ao tema, é a aparente convicção das forças de defesa de Israel de que o anunciado ataque do Irã virá em breve. Calcula-se que vai durar quatro dias, ou seja: mesmo que os aiatolás lancem apenas balas e pirulitos, Israel ficará entupido de guloseimas. Pois que assim seja.
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