Perdido em Israel - Trecho 221
Ontem recusei-me a publicar uma linha sequer. Se não houve nada em relação ao anunciado ataque iraniano, não houve nada mesmo. Só a rotina. Hoje preciso começar a entender o que está acontecendo.
Vou começar pela pior das hipóteses: as forças iranianas economizam tempo para lançar um ataque devastador e preparam-se para um revide de alta intensidade. Começa a rediagramação do Oriente Médio e há a possibilidade de que tudo isso resulte numa nova ordem global.
Hipótese intermediária: perante a pressão forte dos norte-americanos, que já mandaram navios de guerra para o Golfo Pérsico e, também, das bravatas (ou não) de Israel, que antes anunciou que uma único morte decorrente do ataque militar do Irã será vingada, imediatamente, com a destruição de todas as usinas nucleares do país dos aiatolás, o cenário teria mudado.
O ataque seria pequeno, pouco letal, quase simbólico - o que, se não houver erros -, levaria Israel a uma resposta pouco relevante.
A morte de Haniyeh seria considerada de menor importância, nem iraniano o pobre era. Aliás, em Gaza, ele já foi substituído pelo pior de toda a corja, o carniceiro de Khan Yunis, Yahia Sinwar, que, como já contado em capítulos anteriores, tem enorme prazer de matar com as próprias mãos.
Nesse caso, é claro, o refugo do Irã seria considerado como outra amostra de fraqueza, o cão que ladra e não morde.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant crê numa terceira hipótese. Para escapar da fúria de norte-americanos e israelenses, o Irã, que também é dono do Hezbolá, tranfereria forças para o sul do Líbano e, a partir de lá, seus prepostos estariam aptos a realizar um enorme estrago no território israelense.
Um ataque dissimulado do Irã, que o apoiaria, mas, oficialmente, não seria de sua autoria. Jogo rasteiro, mas assim é mesmo a guerra, ainda mais naquela parte do mundo.
Resta saber se, nesse último caso, Israel atacaria o Hezbolá ou, também ao Irã.
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