Perdido em Israel - Trecho 216

 


31 de julho de 2024


A esta hora você já sabe. O líder político do Hamás, Ismail Haniyeh foi assassinado. Pior: em Teerã. Ela havia sido convidado para a posse do novo presidente sem poder do Irã, Masoud Pezeskhian e foi morto (sem confirmação) enquanto dormia. As trombetas do Irã, constrangidas e repletas de ódio anunciaram que a vingança será infernal.
Pouco se sabe além disso. Israel não confirmou o ataque e também não o negou. Haniyeh planejava ser o novo presidente da autoridade palestina, vestindo o traje do Hamás. Era um negociador viajante. Entre todos, parecia ser sempre o mais moderado dos líderes locais - o que levanta a hipótese de que tenha sido morto por algum de seus pares mais radicais. Não creio.
Em poucos instantes, a guerra mudou e pode alcançar um nível sem precedentes. É de se aguardar o que fará o Irã, talvez ainda hoje. A morte de Haniyeh devolveu o conflito às manchetes de todo o mundo. A hecatombe de origem turca que aventei ontem pode ser brutalmente antecipada. Lideranças árabes e israelenses estão reunidas em diversas cidades do mundo para desenhar e avaliar o que vem pela frente. A tal guerrinha de Gaza, que não caberia num único versículo da Bíblia de nossos tempos, pode ser por fim, o estopim de um conflito de proporções mundiais. Que é, aliás, o sonho de todos os litigantes – você há de convir. Provavelmente volto a publicar mais tarde em função do que vier.

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