Perdido em Israel - Trecho 209
Se bem os conheço, os israelenses estão envoltos em nova dúvida. Biden renunciou a continuar seu mandato, depois de uma série embaraçosa de gafes. Particularmente, eu vejo nele um homem melhor, menos agressivo e menos tirânico do que Donald Trump, mas muita gente discorda – e gente cheia de votos.
Trump, como aliado visceral de Israel, já anunciou, por exemplo, que espera ver todos os reféns soltos antes de assumir seu novo mandato, ou sua primeira providência será atacar, sem discussão, os países hostis.
Os isralenses, que compõem, hoje, (e há muito tempo) uma das nações mais conservadoras do mundo, devem torcer para a intempestividade de Trump. Exceto os que, com visão mais liberal, se importam com novas lideranças mais justas e moderadas assumindo o poder mundial.
A opção, por enquanto, é a atual vice-presidente Kamala Harris que, além de brilhante oradora e debatedora, mas ligeiramente errática - tem sangue jamaicano e hindú – o que pode ser tão bom ou tão ruim conforme o tamanho do racismo que ainda viceja nos EUA.
Há diversos candidatos que buscam ser vice-presidentes na chapa democrática. Um deles é o governador Shapiro do Michigan, já reeleito governador e com grande popularidade em seu estado. O nome dele tem aparecido com frequência também por ser judeu – o que derrubaria resistências entre os eleitores com essa etnia.
Se isso de fato ocorrer teremos, por assim dizer, uma candidatura ecumênica: a primeira mulher capaz de presidir a América, jamaicana e hindú de origem, e o o judeu mais próximo da presidência dos Estados Unidos em todos os tempos.
O que vai ser? Ainda faltam alguns meses para as eleições norte-americanas; tudo pode mudar, mas não se fala de outra coisa em Israel.
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