Perdido em Israel - Trecho 191
26 de junho de 2024
Quando comecei esse livro, muito meses atrás, foi para tentar fazer uma cobertura inédita de uma guerra sangrenta. Confesso que foi, também, para ocupar-me, num momento em que tinha encerrado outros livros, quase todos de ficção. Esse seria diferente – e está sendo, porque me forço a pesquisar o que se escreve sobre o tema em diversos países do mundo, inclusive os que fazem parte da celeuma.
Não demorou para eu começar a selecionar o joio do trigo. Não há noticiário sem compromissos com um lado ou com outro. Os fatos desaparecem, seguindo a máxima de que “em qualquer guerra, a primeira vítima é a verdade”.
É possível que ela apareça através de um jornalista mais independente. Mas como e onde encontrá-lo?
Os números, também, são todos manipulados, assim como os videos repletos de trucagens. Enfim: nada é o que parece e, no futuro, prevalecerá a narrativa do vencedor – como historicamente ocorre.
Israel anuncia, agora, de forma quase peremptória, que a questão da eliminação do Hamás da faixa de Gaza é caso de duas semanas, no máximo.
Será?
Sobre os reféns remanescentes, nenhuma palavra. Terminado o trabalho na antiga região da Filisteia, as forças armadas se dizem prontas para avançar Líbano adentro, de modo a criar estragos irreparáveis no Hezbolá.
Começo, portanto a me preparar para dar um final a essa correspondência, porque, caso contrário, esse livro terminará tão volumoso quanto a Bíblia (na foto) Ainda não sei como devo agir, mas sei que tudo o que se escreve começa com um parágrafo e acaba com um ponto final – ainda que as guerras permaneçam para sempre.
Quando comecei esse livro, muito meses atrás, foi para tentar fazer uma cobertura inédita de uma guerra sangrenta. Confesso que foi, também, para ocupar-me, num momento em que tinha encerrado outros livros, quase todos de ficção. Esse seria diferente – e está sendo, porque me forço a pesquisar o que se escreve sobre o tema em diversos países do mundo, inclusive os que fazem parte da celeuma.
Não demorou para eu começar a selecionar o joio do trigo. Não há noticiário sem compromissos com um lado ou com outro. Os fatos desaparecem, seguindo a máxima de que “em qualquer guerra, a primeira vítima é a verdade”.
É possível que ela apareça através de um jornalista mais independente. Mas como e onde encontrá-lo?
Os números, também, são todos manipulados, assim como os videos repletos de trucagens. Enfim: nada é o que parece e, no futuro, prevalecerá a narrativa do vencedor – como historicamente ocorre.
Israel anuncia, agora, de forma quase peremptória, que a questão da eliminação do Hamás da faixa de Gaza é caso de duas semanas, no máximo.
Será?
Sobre os reféns remanescentes, nenhuma palavra. Terminado o trabalho na antiga região da Filisteia, as forças armadas se dizem prontas para avançar Líbano adentro, de modo a criar estragos irreparáveis no Hezbolá.
Começo, portanto a me preparar para dar um final a essa correspondência, porque, caso contrário, esse livro terminará tão volumoso quanto a Bíblia (na foto) Ainda não sei como devo agir, mas sei que tudo o que se escreve começa com um parágrafo e acaba com um ponto final – ainda que as guerras permaneçam para sempre.
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