Perdido em Israel - Trecho 186
O nordeste do Brasil está ardendo! Mas, calma: são os festejos juninos, fogos e estrondos, dança e comidas locais, para festejar, no dia 24 (embora a furdunço e os folguedos já venham de quase um mês. São João, como se sabe, foi um dos profetas que anunciou o advento de Jesus de Nazaré, batizado nas águas do rio Jordão e morreu decapitado por Herodes, a pedido (segundo a Bíblia) de Salomé, que seria sua mãe.
Você sabe que as histórias da Bíblia muitas vezes não fazem nenhum sentido – e nem precisam, porque delas provém os dogmas. De qualquer forma, São João Batista (há outros, cuidado) foi quem conquistou os corações do Brasil e, de alguma forma revive, no uso exagerados de fogos e explosões o passado tempestuoso do Oriente Médio – tão atual que dura até hoje naquelas terras.
Confesso que me perco nessa coisa de hagiologia, que é o estudo dos santos. Vê-se diariamente, que o que menos existe naquela região são santos, teoricamente pessoas serenas e pachorrentas que merecem ser canonizadas. Os judeus, é claro, não ligam para isso, mas têm seus tzadikkim, que significam “Os justos” e são louvados para sempre.
Não sei de nenhum santo ou tzadik atuando nesse conflito interminável. As atitudes de cada dia de quem tem algum poder nessa insânia, são justamente o contrário. Talvez por isso, apesar das bombas e dos fogos não há folguedos juninos que alegrem aquelas populações.
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