Perdido em Israel - Trecho 182

 




16 de junho de 2024

O Hamás matou oito soldados israelenses em Rafah. Não foi um, nem foram dois. Oito é o número, no mais grave atentado isolado contra as forças militares israelenses em Gaza. Uma boa lembrança para quem acredita que o grupo terrorista está acuado e sem capacidade de reagir.
Não tenho ideia do tamanho do arsenal e do ódio que segue assolando a região, mas me parece que eles (o arsenal e o ódio) estão sendo subestimados.
O mesmo ocorre em Israel. Dezenas de milhares de manifestantes, nas maiores cidades do país explodiram em demandas: acordo pelos reféns, eleições imediatas e mais manifestantes nas ruas de todas as cidades.
Já não é mais possível chamá-los de grupos isolados. Uma nova frente surge, dessa vez nas entranhas da terra santa, com potencial para transformar-se numa revolução interna. Se não for de fora para dentro, será de dentro para fora.
O governo, desmilinguido, apoia-se nas frentes mais reacionárias e ortodoxas para não cair da corda bamba. A oposição, robustecida por desertores do gabinete de Netanyahu e pelo desencanto de um combate muito mais longo do que se supunha, abre suas asas. Como se isso fosse possível, o que já era agudo, transforma-se em colérico.
É evidente que, mais breve do que se pensa, graves mudanças vão ocorrer. Quem viver, verá.




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