Perdido em Israel - Trecho 181
15 de junho de 2024
A guerra vai se medievalizando. Ainda não há lanceiros, tampouco entreveros entre cavaleiros com armaduras combatendo com flexívie venábulos. Mas eis que a catapulta ressurge de forma inesperada. As forças de defesa de Israel aproximaram-se de um muro que as separa do Líbano e, usando o mecanismo arremessaram bolas de fogo por cima da amurada.
Diz-se que desde o século 16 não se usam catapultas, que são uma espécie de lançador grande no formato de uma colher. Pode-se usar bolas de fogo, sacos de alimento ou seja o que for, dependendo do propósito. Em terras de hábitos bíblicos como o apedrejamento, o esquartejamento e muito mais, a nova/antiga arma remete a guerras ancestrais.
O IDF diz que foi uma ação localizada, mas já se especula que há estoques de fundas, antigos objetos de correias com o qual os antigos alvejavam seus inimigos com pedras ou o que se tivesse à mão, em algum arsenal oculto.
Não se sabe de vítimas e, portanto, o uso de traquitanas como essas é quase engraçado, ainda mais nas terras onde Davi derrotou Golias. Para quem não sabe, Golias era um gigante filisteu de improváveis 2m92 de altura. Davi, com a metade de seu tamanho, usou uma única pedra para atingi-lo, usando com precisão uma funda.
Diz a lenda, que, vendo o gigante morto, os filisteus fugiram. Esse povo vivia numa faixa de mar junto ao Mediterrâneo que equivale, em localização e tamanho, ao território de Gaza. Deles descendem (dizem) os palestinos envolvidos na guerra em andamento.
Trata-se apenas de uma irônica coincidência que, repetida, mostra como nada mudou na região desde tempos imemoriais. Então me pergunto: por que ainda acreditar que esse conflito tenha solução?
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