Perdido em Israel - Trecho 170
31 de maio de 2024
É manchete nos Estados Unidos, na Europa, em Israel e em todo o Oriente Médio. O presidente Biden disse que os israelenses propuseram um plano de paz irrecusável para a faixa de Gaza.
Li e reproduzo os pontos em que baseiam esses planos:
“Fase 1
- Cessar-fogo completo
-Retirada do exército de Israel de todas as áreas povoadas de Gaza
- Liberação de “alguns” reféns e “alguns” restos mortais” de aprisionados em Gaza.
- Permissão para que todos os palestinos voltem para suas casas em Gaza.
- Aumento da ajuda humanitária.
Fase 2:
- Fim permanente das hostilidades.
- Troca para libertar os reféns ainda vivos em Gaza.
- O exército israelense abandona completamente a faixa de Gaza.
Fase 3:
- Grande reconstrução e planos para Gaza
- Devolução completa dos restos mortais de reféns falecidos.”
Esse texto inacreditável está circulando com credibilidade pelo mundo. É ruim, incompleto e inverossimel. O nome do Hamás não aparece em parte alguma, como se o tal grupo não fosse o provocador dos embates atuais. A tal reconstrução mencionada há de ficar de responsabilidade dos próprios palestinos? Ou quem, se Israel cair fora?
Chega a ser embaraçoso. O texto teria sido apresentado ao Hamás por emissários do Catar e parece ter sido bem acolhido nessas bases. Trata-se de rendição quase incondicional, depois de oito meses de guerra sem sentido.
Seria ótimo: a região recuperaria sua paz num estalo de dedos.
Não gosto nem um pouco de acordos (nenhum deles deu em nada até agora) e gosto ainda menos de discutir política de guerra.
Portanto – exceto se os acontecimentos vierem a me desmentir – vou considerar o tal plano de três fases com o mesmo respeito que devo aos carrapatos, milhares deles, que invadiram minha casa nesses dias mais frios. Nenhum!
Qual será o objetivo dessa evidente palermice?
Suponho que a próxima proposta atribuída a Israel seja fornecer coletes salva-vidas para que seus habitantes mergulhem no mar Mediterrâneo – como querem mesmo os grupos radicais mais inflamados.
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