Perdido em Israel - Trecho 162

 


21 de maio de 2024

Foi apenas um devaneio. Israel não mandou flores e quase celebrou a morte do presidente do Irã, com declarações francamente desaforadas. O que pretendi mostrar, ontem, é que a paz no Oriente Médio poderia depender de pequenos gestos de aproximação e boa vontade. Se isso não existe há milhares de anos, por que agora?
Então, hoje e sempre, a solução é armar-se e lutar. O Hamás é o inimigo do momento, porque invadiu, matou e sequestrou milhares de pessoas em Israel. Não havia como não revidar, mas hoje ninguém lembra mais do 7 de outubro e a revanche tornou-se um problema irreal chamado, com má fé de “genocídio” – agora confirmado pela Corte Internacional de Haia, que incluiu, enfim, mais três líderes do grupo terrorista entre os condenados.
Na prática, Netanyahu, que bem ou mal eleito, pode ser preso ao deixar seu país. Os líderes do Hamás, cuja autoridade é meramente tirânica (não presidem nem comandam nada oficial), também.
Ocorre que grupos terroristas estão habituados a esgueirar-se por túneis e passagens secretas. Descobriu-se, ainda nos últimos dias que há cerca de 50 túneis em Gaza que dão no Egito - e parece fácil mover armas e lideranças através deles. O Egito não tem como controlar o caminho espúrio das toupeiras do Hamás, mas irrita-se e cobra de Israel uma solução para o problema.
As cabeças esquentam. Pais e amigos dos reféns supostamente vivos, estão organizando forças para derrubar o premiê israelense, bom de rugido, mas incompetente na missão principal de trazer seus compatriotas de volta. Esse movimento cresce e racha, cada vez mais, a cúpula do governo Netanyahu.
A indignação do líder de Israel por sua condenação toma as manchetes em todo o mundo e afeta as relações do pequeno país judaico com grande parte da Europa. Ou seja: aquele pequeno carinho do qual lhes falei ontem em inocente exercício de ficção, é, apenas uma quimera.

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