Perdido em Israel - Trecho 154

 


Acho que o antissemitismo, em alguma de suas formas perversas, não há de chegar por aqui, ainda mais que nosso presidente subitamente deixou de acusar o povo israelense de genocida – e alguma razão para isso deve existir.
Mas se já não havia dúvidas sobre o fato de que o Hamás ganhou a guerra ao produzir o maior movimento antijudaico desde que os nazistas foram derrotados, ainda assim fico estupidificado com a força sedutora de um bando (não um povo) francamente violento, que além de dominar, à força, seus compatriotas, conquistou as mentes de grupos jovens, ONGs e inocentes em pleno mundo ocidental.
Em qualquer cidade do mundo onde houver judeus defendendo a causa de Israel, eles terão sido agredidos, vilipendiados e estão atônitos. Não se vê o contrário – judeus agredindo pró-palestinos – em parte alguma.
Até o presidente Biden está punindo Israel, com a promessa de deixá-los sem armas caso ataquem Rafah, e não oferecendo qualquer alternativa para que Israel derrote seus inimigos terroristas. Como é ano de eleições presidenciais nos EUA, ele deve ter encomendado pesquisas pontuais que, possivelmente, revelam que ele perderá mais votos apoiando Israel do que se não o fizer.
O que, contudo, isso significa para o futuro? Uma sociedade mais liberal ou mais intolerante? Sempre é preciso lembrar que, ao menos por enquanto, o que emana do país mais rico e influente do mundo, contamina o Ocidente. A resolução de Biden é justa ou apenas ignóbil?
Não é possível deixar de lembrar que o adversário de Biden é ninguém menos que Donald Trump, que mandou invadir o Congresso para “melar” o resultado das últimas eleições e promete construir campos de concentração para internar os imigrantes latinos. E o fato de ele ser a favor de Israel, apenas macula ainda mais a imagem do país do povo judeu.
A mim me parece que está tudo errado e malparado. Vivemos uma crise ética e moral sem precedentes, que há de afetar as novas e futuras gerações. E isso é imperdoável.

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