Perdido em Israel - Trecho 146
Não há tempo para feriados em países conflagrados. Só os combatentes de sempre se lembraram de que hoje é Dia do Trabalho e atiraram um nos outros. Assim tem sido há quase sete meses. O Hamás ainda não respondeu à “generosíssima proposta” de uma trégua para a troca de 33 reféns por mais de mil presos palestinos na prisões de Israel. Disse que o fará amanhã, mas nada garante. Fontes sempre nada confiáveis dizem que o “açougueiro de Kan Yunis”, Yahia Sinwar está desconfiado que a suposta troca é uma armadilha. Dizem que ele conferiu a relação dos palestinos que vão retornar à Gaza e viu que a maioria deles não compartilha das visões do Hamás.
Em outras palavras, ele estaria acreditando que Israel vai aproveitar a trégua para infiltrar inimigos, alguns deles (quem sabe?) para espionar a favor dos israelenses. A verdade é que, nessa fase, ninguém tem certeza de coisa alguma, mas, segundo aprendi, é muito provável que o Hamas adicione novas exigências para liberar alguns poucos israelenses, idosos, crianças e mulheres alquebrados.
Baixou uma nuvem de fumaça sobre a crise que acometeu o gabinete israelense ontem. O tema simplesmente desapareceu das manchetes – e, outra vez, analistas distantes como eu, ficamos a ver navios. Como também não leio ou ouço nada sobre os navios que iriam sair da Turquia para acudir os palestinos de Gaza. É claro que há dedo israelense nessa paralisação, claro que não confessa.
Quem, finalmente, caiu na real foram os estudantes antissemitas da Universidade de Columbia, expulsos com violência das instalações que haviam invadido. Consta que o presidente Biden quer dar um fim às manifestações violentas por todo o país. Parece-me mais adequado, sobretudo no país “mais amigo” de Israel.
Confesso que, daqui onde vivo e escrevo, a questão do antissemitismo parece muito mais grave do que o conflito de Gaza. Sobretudo enquanto quiserem confundir judeus e israelenses, os primeiros espalhados mundo afora, os segundos em guerra armada. Cada dia fica mais claro que a esquerda radical toca com grande carinho na direita totalitária e ambas se fundem em um movimento anencéfalo.
Em outras palavras, ele estaria acreditando que Israel vai aproveitar a trégua para infiltrar inimigos, alguns deles (quem sabe?) para espionar a favor dos israelenses. A verdade é que, nessa fase, ninguém tem certeza de coisa alguma, mas, segundo aprendi, é muito provável que o Hamas adicione novas exigências para liberar alguns poucos israelenses, idosos, crianças e mulheres alquebrados.
Baixou uma nuvem de fumaça sobre a crise que acometeu o gabinete israelense ontem. O tema simplesmente desapareceu das manchetes – e, outra vez, analistas distantes como eu, ficamos a ver navios. Como também não leio ou ouço nada sobre os navios que iriam sair da Turquia para acudir os palestinos de Gaza. É claro que há dedo israelense nessa paralisação, claro que não confessa.
Quem, finalmente, caiu na real foram os estudantes antissemitas da Universidade de Columbia, expulsos com violência das instalações que haviam invadido. Consta que o presidente Biden quer dar um fim às manifestações violentas por todo o país. Parece-me mais adequado, sobretudo no país “mais amigo” de Israel.
Confesso que, daqui onde vivo e escrevo, a questão do antissemitismo parece muito mais grave do que o conflito de Gaza. Sobretudo enquanto quiserem confundir judeus e israelenses, os primeiros espalhados mundo afora, os segundos em guerra armada. Cada dia fica mais claro que a esquerda radical toca com grande carinho na direita totalitária e ambas se fundem em um movimento anencéfalo.
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