Perdido em Isarel - Trecho 156

 


11 e 12 de maio de 2024


Ufa! Ao menos os israelenses mostraram apreço por Israel. Ainda longe de uma solução para a guerra, a terra prometida comemorou efusivamente seu Dia da Liberdade, com a participação de milhares de pessoas, entre emocionadas, cansadas ou raivosas.
Não se esperava que a audiência fosse tão grande. A atitude moral que castiga judeus de todo mundo – e não se chama guerra, mas perseguição racial -, essa não tem mais conserto. Sinto dizê-lo, mas todas as portas estão abertas para horrores sem tamanho.
Como dizem os egípcios, Israel não mostra qualquer determinação para acabar, de fato, com o Hamás e muito menos para proteger ou minimizar o antissemitismo que grassa pelo planeta. E, de meu ponto de vista distante – um drone invisível muito acima dos drones reais – os atuais governantes de extrema-direita que governam a dita “terra santa”, o prosseguimento do conflito é a melhor alternativa para que eles sigam no poder e deem de ombros às consequências políticas e sociais que terão de encarar mais adiante. Elas virão. Possivelmente nada festivas, rachando um país, que, esfacelado, será ainda mais fraco do que tem sido.
Os habitantes de Gaza – sobretudo os radicais, que sequestraram e mataram gente inocente sem aviso prévio e ainda lograram sucesso ao manipular a opinião pública mundial – também se aprazem desse cenário, que irradia superioridade e conquista os corações (vazios e idiotizados) de uma juventude infelizmente desprovida de ideais e memória – a mesma que nos sucederá.
Além da festa, a outra notícia de hoje é que os Estados Unidos estão oferecendo “inteligência” para que o ataque à Rafah seja o menos destrutivo possível. Quer enviar mapas precisos de quem está onde, quais túneis Israel ainda nem descobriu e onde se escondem as lideranças mais brutais do grupo terrorista.
Inteligência é bem-vinda para um país sem rumo, embora recebê-la seja uma admissão de sua própria incompetência. Seja o que for – e não havendo, como disse, interesse das partes envolvidas numa paz real – o caos crescerá inexoravelmente.

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