Perdio em Israel - Trecho 135
18 de abril de 2024
Hoje as notícias são decisivas. O governo norte-americano anunciou que Israel está liberado para atacar Rafah assim que quiser, desde que resolva não revidar os ataques de drones e mísseis ao Irã – o que levaria a uma guerra regional de grandes proporções. Israel cerca Rafah há um bom tempo, que, por sua vez, é o último refúgio palestino, nas cercas e muros que dividem Gaza do Egito.“Contem com nosso apoio irrestrito”, anuncia Biden. As forças israelenses estão prontas para a anunciada “grande tragédia de Rafah”, onde amontoam-se palestinos inocentes, terroristas do Hamás e, pior que tudo, gente que não tem uma saída qualquer, independentemente de que lado esteja.
É evidente, como tem sido visto nesses quase duzentos dias de guerra, que crianças, idosos e inocentes serão os primeiros a cair, porque o grupelho radical vai utilizá-los como escudos.
Não havendo qualquer esperança de uma solução negociada e nenhuma certeza quanto aos reféns (se vivos, mortos ou, mesmo, confinados em Rafah), parece impossível que o ataque não ocorra.
Entretanto, ainda regurgitando o chaikâne com mel, frutas e muito ódio que todos bebem na terra dos aiatolás, o Irã anuncia que está repensando sua política nuclear e pode intervir em Rafah com mísseis nucleares que, oficialmente, sequer existem – o que pode mudar todo o cenário.
Se, de fato, o Irã considerar que os terroristas do Hamás fazem parte de sua nação, o que virá, em breve, será infernal. É claro que Israel está se preparando para essa hipótese. O Irã, também.
Como mero relator dos fatos de cada dia, o panorama me parece o pior possível. Ocidente e Oriente estão aguardando, aos solavancos (bolsas que caem, dinheiro que se esvai e manifestações que crescem mundo afora) o ato final dessa guerra – que jamais será um ato final, exceto em duas circunstâncias: a de que Israel, o país inteiro, entregue seus territórios e viva uma nova diáspora ou se Israel conquistar todos os inimigos de sua existência – para repensar os novos caminhos da Humanidade.
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