Perdido em Israel - Trecho 144
28 e 29 de abril de 2024
Permitam-me juntar dois dias em um. Há momentos, nessa guerra, que não justificam qualquer postagem e foi o que aconteceu no domingo. Tanto em Israel quanto nos países vizinhos, domingo é dia de trabalho – e não de descanso. Suponho que a ausência de novidades fica por conta do dia-feriado nas grandes nações que manipulam esse confronto.
Hoje, não: há destaques. Porta-vozes do Hamás alegam que projéteis de Israel mataram, ao menos, 22 pessoas em ataque nessa manhã na roteira de Rafah. Cogito, ironicamente, se a tática, agora, é matar vinte ou trinta por dia, até que todos estejam falecidos sem a necessidade de uma invasão genocida (com o perdão pelo uso da palavra, que, desde há seis meses, perdeu significado). Não sei até onde vai a idiotice humana, mas não duvido de mais nada.
Mas o fato mais destacado de hoje é iminente possibilidade de um cessar-fogo para a troca de reféns e prisioneiros. Estados Unidos e Grã-Bretanha dizem para o mundo que se deve aplaudir a generosidade de Israel. O país aceitaria a trégua (não definida) em troca de apenas 33 reféns. E concorda em devolver mais de mil palestinos presos em cadeias de seu território.
Alguns dizem que a ideia era envolver 40 reféns em condições de debilidade extrema, mas a inteligência israelense descobriu que sete deles não aguentaram o cativeiro e já pertencem a uma outra dimensão. Então que sejam 33, número bonito, a idade de Jesus de Nazaré.
A troca é tão desigual que induz a duas hipóteses: ou Netanyahu amoleceu ou decidiu que 33 vidas israelenses valem mais do que mil vidas palestinas. Fica ao critério dos leitores avaliar se há uma terceira explicação possível.
Nessas condições, previa-se que um acordo poderia sair ainda hoje. Contudo deve existir alguma pegadinha, porque, até agora, nenhum acerto foi firmado.
Permitam-me juntar dois dias em um. Há momentos, nessa guerra, que não justificam qualquer postagem e foi o que aconteceu no domingo. Tanto em Israel quanto nos países vizinhos, domingo é dia de trabalho – e não de descanso. Suponho que a ausência de novidades fica por conta do dia-feriado nas grandes nações que manipulam esse confronto.
Hoje, não: há destaques. Porta-vozes do Hamás alegam que projéteis de Israel mataram, ao menos, 22 pessoas em ataque nessa manhã na roteira de Rafah. Cogito, ironicamente, se a tática, agora, é matar vinte ou trinta por dia, até que todos estejam falecidos sem a necessidade de uma invasão genocida (com o perdão pelo uso da palavra, que, desde há seis meses, perdeu significado). Não sei até onde vai a idiotice humana, mas não duvido de mais nada.
Mas o fato mais destacado de hoje é iminente possibilidade de um cessar-fogo para a troca de reféns e prisioneiros. Estados Unidos e Grã-Bretanha dizem para o mundo que se deve aplaudir a generosidade de Israel. O país aceitaria a trégua (não definida) em troca de apenas 33 reféns. E concorda em devolver mais de mil palestinos presos em cadeias de seu território.
Alguns dizem que a ideia era envolver 40 reféns em condições de debilidade extrema, mas a inteligência israelense descobriu que sete deles não aguentaram o cativeiro e já pertencem a uma outra dimensão. Então que sejam 33, número bonito, a idade de Jesus de Nazaré.
A troca é tão desigual que induz a duas hipóteses: ou Netanyahu amoleceu ou decidiu que 33 vidas israelenses valem mais do que mil vidas palestinas. Fica ao critério dos leitores avaliar se há uma terceira explicação possível.
Nessas condições, previa-se que um acordo poderia sair ainda hoje. Contudo deve existir alguma pegadinha, porque, até agora, nenhum acerto foi firmado.
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