Perdido em Israel - Trecho 140
Pesquisadores de etimologia explicam que a palavra refém tem origem árabe. O original é rihan ou Rahn, que significa “penhor, prenda ou garantia”. Não resta a menor dúvida que o Hamás agiu com sabedoria ao levar para Gaza um número elevado de prendas, ou garantias para sua resistência.
Sem os abduzidos, a ocupação teria sido, provavelmente, mais breve e menos delicada. É fato que não se sabe quantos e em que estado de saúde seguem os penhores de várias nacionalidades levados em 7 de outubro do ano passado.
Para provar que há pelo menos um vivo, o Hamás registrou agora um vídeo do hoje esquálido Hersh Goldberg-Polin (parte israelense, parte norte-americano), levado durante o ataque à célebre festa rave que ocorria no dia em que se iniciou o interminável conflito. A meu ver, um único refém vale sua salvação – e espera-se que outros também possam sobreviver ao que vier.
E o que virá? Anuncia-se para breve, um ou dois dias, o ataque à Rafah, a miserável ratoeira onde se escondem ou para onde fugiram palestinos inocentes, crianças e idosos que lhes servirão de primeiro escudo e quiçá, as últimas prendas do Hamás.
Num ato que parece final, as Forças de Defesa de Israel estão terminando a construção de um acampamento anexo à ratoeira, para abrigar os que conseguirem escapar da brutalidade de um ou de outro lado. Do lado sul, os egípcios já providenciaram campos semelhantes, espaços de fuga, detenção e triagem.
Será um trabalho árduo, porque, fisicamente, são todos muito parecidos. Dei conta disso observando as multidões palestinas que impedem o acesso de judeus à Universidade de Columbia, em Nova York. Todos parecidos, todos entoando cantos de ódio, os homens ocultos por seus kefiés e as mulheres por seus hijabs. É assustador como se percebe a multiplicação de hamasistas pelo mundo, enquanto suas prendas só vão diminuindo.
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