Perdido em israel - Trecho 128
É, contudo, da natureza humana, tomar partido sem uma visão geral do tema. O que vale é o tiro dado hoje, não o de ontem. Vou ousar aplicar esse fato da natureza africana para mostrar a incoerência das coisas. Sim: Israel é dirigido por um ultradireitista, que, em quase tudo, destoa dos pioneiros que a reergueram a partir de 1948, com bases socialistas.
Eu não gosto dele, porque sou de esquerda e prefiro a igualdade entre os seres humanos, um pensamento de origem teológica cristã, consolidado, aliás, por um judeu, filósofo e economista, nascido em Triers, na Prússia.Ainda ontem, aliás, vi, na televisão, uma reunião promovida pelo genocida Jair Bolsonaro (700 mil brasileiros mortos por seu descaso com a Covid), apoiado por milhares de pessoas usando bandeiras de Israel e do Brasil. Uma manifestante, trajada com o par de flâmulas foi inquerida porque estava usando o traje judaico.
- Claro: Israel é um país cristão – declarou a evangélica, invertendo milhares de anos de História numa sacada que deve ter considerado genial.
É uma salada geral: os fatos revelam que as repúblicas muçulmanas são, em sua maioria, tirânicas e excludentes. Jamais defenderiam os elefantes, ainda que alguns de seus seguidores o façam. Mas, curiosamente, têm o apoio das esquerdas, em clara oposição ao apoio norte-americano de que Israel desfruta.
Mas assim como na parábola de elefantes e girafas, a questão está decidida há milênios. Há 15 milhões de judeus espalhados pelo mundo inteiro (metade deles em Israel). É tudo o que sobrou do Holocausto.
Em contrapartida, os muçulmanos compõem uma multidão de 1 bilhão e 572 milhões de pessoas, que têm, é claro, o direito de defender ou até impor seu modo de vida. Adicione-se a isso o fato de que, estatisticamente, islâmicos têm mais filhos do que judeus, e aí sim, estaremos observando a realidade: os elefantes, com seu lobby espalhando-se pela África e as girafas perecendo.
Não porque as pessoas têm ideologias distintas, mas em função de que a Natureza tem sua própria lógica, quer a temperatura da Terra esquente ou não – o que sublinha o fato de que nossa medíocre intromissão em qualquer tema causa danos maiores do que benefícios.
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