Perdido em Israel - Trecho 99
Um país fechado para viajantes
Tenho muita dó dos inúmeros agentes de turismo que se dedicavam a levar viajantes para Israel. Um negócio certo, de farta clientela, sobretudo entre os evangélicos, que em busca de rconhecer cada presumível passo de Jesus. Católicos também iam, em enorme quantidade. Membros de países cristãos ortodoxos, também. Judeus, é claro e muçulmanos em visita aos 2 milhões de árabes israelenses que vivem no país. Sem contar os passageiros de cruzeiros diversos que, todos os dias, aportavam em Haifa.
Tudo isso acabou em 7 de outubro. Ninguém viaja para um estado em guerra, em que as atrações estão fechadas e inacessíveis. Hoje, dia de Natal (ontem foi a véspera), o Papa Francisco lamentou a intensidade da guerra e informou que, pela primeira vez em muitos anos, a cidade de Belém, na Palestina, onde Jesus de Nazaré teria nascido, está fechada à visitação.
As celebrações do Natal foram todas canceladas, por motivos estritamente militares. Os peregrinos que costumavam ir aos milhares, nesta época do ano, para visitar a Igreja da Natividade, tiveram de mudar seus planos. Israel só reabre quando o conflito acabar – e se acabar.
Se for por Netanyahu, o conflito está ficando caro demais e ele diz que espera vê-lo findo em fevereiro. Só nos próximos dois meses, vai se gastar algo como 14 bilhões de dólares. Não há dúvidas que Israel vai viver uma forte recessão econômica, a não ser que, afinal, assine o temido (pelo Hamás) acordo com a Arábia Saudita, que pode amenizar o embaraço financeiro em que se meteu.
Hoje, o Bolsonaro de solidéu foi vaiado pelos parentes e amigos dos reféns que seguem implorando para que alguma coisa, uma trégua talvez, diminua essa dor nacional.
Mas o primeiro ministro de Israel parece tomado de uma fúria final e o número de vítimas em Gaza cresce como as laranjas que, no próximo mês, serão colhidas por inocentes como eu fui há tanto tempo. Se um grupo deles for salvo, será por mera sorte. O líder Hanyeh não aceita qualquer tipo de trégua. Mas sempre há como esperar que Sinwar, o açougueiro de Khan Younis, dê-se por vencido fuja em troca de seus abduzidos.
Tudo isso acabou em 7 de outubro. Ninguém viaja para um estado em guerra, em que as atrações estão fechadas e inacessíveis. Hoje, dia de Natal (ontem foi a véspera), o Papa Francisco lamentou a intensidade da guerra e informou que, pela primeira vez em muitos anos, a cidade de Belém, na Palestina, onde Jesus de Nazaré teria nascido, está fechada à visitação.
As celebrações do Natal foram todas canceladas, por motivos estritamente militares. Os peregrinos que costumavam ir aos milhares, nesta época do ano, para visitar a Igreja da Natividade, tiveram de mudar seus planos. Israel só reabre quando o conflito acabar – e se acabar.
Se for por Netanyahu, o conflito está ficando caro demais e ele diz que espera vê-lo findo em fevereiro. Só nos próximos dois meses, vai se gastar algo como 14 bilhões de dólares. Não há dúvidas que Israel vai viver uma forte recessão econômica, a não ser que, afinal, assine o temido (pelo Hamás) acordo com a Arábia Saudita, que pode amenizar o embaraço financeiro em que se meteu.
Hoje, o Bolsonaro de solidéu foi vaiado pelos parentes e amigos dos reféns que seguem implorando para que alguma coisa, uma trégua talvez, diminua essa dor nacional.
Mas o primeiro ministro de Israel parece tomado de uma fúria final e o número de vítimas em Gaza cresce como as laranjas que, no próximo mês, serão colhidas por inocentes como eu fui há tanto tempo. Se um grupo deles for salvo, será por mera sorte. O líder Hanyeh não aceita qualquer tipo de trégua. Mas sempre há como esperar que Sinwar, o açougueiro de Khan Younis, dê-se por vencido fuja em troca de seus abduzidos.
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