Perdido em Israel - Trecho 116
Jacqui, que mora em Haifa, me assegurou que, se desejar percorrer os 427 quilômetros que a separam de Eilat, a única cidade do país às margens do Mar Vermelho (pela Yitzhak Rabin Highway), não haverá um único controle militar sequer. Só existem bloqueios nos limites de Gaza, por conta do enorme trânsito de tanques e soldados.
O normal é isso mesmo. Anormal é que sigam morrendo as pessoas, sobretudo as inocentes. Anormal é que o governo sul-africano siga insistindo em juntar nações para acusar Israel de país-genocida, mesmo tendo sido sede de um dos maiores genocídios do século passado (brancos matando negros), que, graças a Nelson Mandela, acabou em pizza – e não em sangrenta vingança.Sim: há de se considerar que os negros sul-africanos resolveram seus problemas sem revanche a quem os oprimia. Israel não fez o mesmo. Depois do ataque de 7 de outubro, com suas 1400 vítimas inocentes e impremeditadas, resolveu retaliar e mostrar suas garras, revanche aguarda por todos. Mas há diferenças: o Hamás e sua gente não são compatriotas dos israelenses e insistem em jogar a nação hebraica dentro do mar Mediterrâneo.
Não se trata de um evento encerrado como o tenebroso apartheid sul-africana, mas de uma história em andamento. Suponho que Israel não iria jogar-se ao mar para agradar ao Hamás e aos demais grupos que sonham fazê-lo. E ouso presumir, também, que está longe de surgir, entre as nações hostis à Israel, um líder com a majestade e o carisma de Madiba, que mostrasse a todos como a vida poderia ser melhor sem ódio de lado a lado.
Com todos os israelenses curtindo Mohammed Assaf como se fosse um ídolo local e a caterva de grupelhos radicais praticando mergulho em Eilat, sem ter de parar em qualquer barreira militar.
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