Perdido em Israel - Trecho 79




Nossas guerras de todos os dias.

Sempre existe uma guerra em algum lugar. A Organização das Nações Unidos anuncia que o ano de 2023 foi um dos piores no quesito de combates armados nas últimas décadas. Estou registrando, nessas páginas, o conflito entre Israel e Hamás, mas há guerras ativas, com consequências para as populações civis em Burkina Faso, na Somália, na Ucrânia, na Somália, no Sudão, no Iêmen, em Mianmar e na Nigéria – além de outras batalhas das quais sequer tomamos conhecimento.
Agora mesmo, anuncia-se outro conflito, provocado pelo déspota Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, que pretende abocanhar dois terços da Guiana, ex-colônia britânica, para ampliar seu domínio petrolífero no norte da América do Sul. A região, chama-se Essequibo.
Maduro fez mais um plebiscito sem qualquer credibilidade e informou ao mundo que mais de 90% dos venezuelanos apoiam, a anexação do território. Basta a Venezuela erguer sua própria bandeira às margens do rio Essequibo e a curiosa Guiana, que é uma espécie de enclave hindu na América do Sul, será o menor país do continente.
Um movimento bizarro, anacrônico que, enfim, define novas fronteiras há milênios. Teme-se que a principal vítima seja o meio ambiente (variadíssimo no local), assunto que tem apenas valor simbólico para Maduro. Mas há riscos: os norte-americanos, contrariados, já mandaram navios de guerra para a área. Pior: pediram ao presidente do Brasil que intervenha politicamente.

Não deve dar certo porque Lula, tido como arauto da democracia, mantém uma intrigante relação de carinho com déspotas do mundo inteiro. 

Próximo - trecho 80

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