Perdido em Israel - Trecho 76
O horror dos afogados
Então, repito: por quê?Ação publicitária? Sim, funcionou e vem funcionando na liberação das vocações antissemitas, se bem que elas já existiam e, com certeza, vão prosperar. Há de provocar mortes e atentados mundo afora e enfurecer os furiosos. Foi para isso?
Vejam, para manter as notícias (ou suposições) atualizadas, excertos do que a CNN publica hoje: Líderes da ONU advertiram, hoje, que há “uma situação apocalíptica em Gaza, porque as pessoas não têm mais lugares seguros para procurar, enquanto os militares israelenses expandem sua campanha no território.
A advertência vem de imagens de satélite que mostram veículos blindados de Israel agora operando no sul de Gaza. As imagens mostram os tanques nas rodovia Salah-el Din, a apenas seis quilômetros de Khan Yunis.
Israel determinou que algumas partes do sul devem ser evacuadas, emitindo mapas digitais mostrando lugares seguros, que os palestinos consideraram confusos e aos quais muitos sequer tiveram acesso, por causa da falta de eletricidade e de conectividade da internet,
O número de reféns israelenses em poder do Hamás segue sendo 138, incluindo estrangeiros capturados em território israelense.
Outras fontes – nesse caso a TV Globo, através de sua correspondente londrina Cecília Malan -, anunciam que Israel vai bombear água do Mediterrâneo com a intenção de inundar os ditos 500 quilômetros de túneis subterrâneos de Gaza, que, juntos, formam cem quilômetros a mais do que todo o metrô de Londres.
Talvez seja essa a “solução final” do conflito com o Hamás. Terroristas e reféns afogados em água salina, a cena mais macabra que já se viu: o Apocalipse.
Lembrando que o livro com o mesmo nome escrito por João na ilha de Patmos, no mar Egeu, Apokálipsis significa, literalmente, “conhecimento”. Pois eu prefiro desconhecer.
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