Perdido em Israel - Trecho 63
A chamada trégua de Pelé finalmente foi formalizada. Quatro dias de suposta paz (e evidente reorganização de forças), em que 50 reféns israelenses capturados na mão grande naquele dia aterrorificante (crianças, mulheres e outros inocentes) serão trocados por 150 prisioneiros palestinos também, é claro, inofensivos.
Três por um. Ok: guerra não é mesmo artimética. Ainda restarão cerca de 200 sequestrados israelenses vivendo nos túneis do Hamás, o que é um capital humano relevante e dá a entender que a guerra se arrastará.
Mais uma opinião precipitada de minha parte: o país onde colhi laranjas e transportei galináceos pode sentir segurança, porque segurança nada mais é do que um estado de espírito. Há gente que vive em fortalezas cercadas por guardas armados e não se livra do medo. Outros tomam pequenas providências (um cachorro, um alarme ou uma tranca na porta) e permanecem em paz, destemidos.
Mas não há segurança alguma enquanto inimigos forem assassinados num enclave hostil a 80 quilômetros de Tel Aviv ou a 76 de Jerusalém. Ainda pior se a célebre inteligência judaica, incapaz de prever o ataque de outubro, provavelmente não tenha a mínima ideia do tamanho do arsenal armazenado pela milícia terrorista e seus próximos planos.
Por quatro dias, enquanto Pelé estiver exibindo seus dribles fáceis, a guerra parecerá liquidada. Depois volta tudo: a matança local, o antissemitismo mundial, a covardia, a ira e a inconsequência de analistas sem preparo.
Os próximos passos são evidentes. Liquidar Gaza, botar tudo no chão e desalojar seus túneis. Em seguida, num passo ainda mais delicado, voltar-se ao sul do enclave, para onde, por orientação das próprias forças de defesa de Israel, a maior parte da população palestina inocente e culpadíssimo Hamás se mudaram.
Não há outra saída. Sem norte e sem sul (que é terra egípcia e não tolera terroristas), encurralados, portanto, os otimistas que voltaram a comer falafel nos bares, creem que o Hamás se renderá incondicionalmente.
Ou, meu Deus (que Deus?), acuados, estarão prontos para uma nova e mortífera empreitada, talvez mais virulenta que a anterior – e capaz de mover forças muito maiores do que as agora em questão.
Três por um. Ok: guerra não é mesmo artimética. Ainda restarão cerca de 200 sequestrados israelenses vivendo nos túneis do Hamás, o que é um capital humano relevante e dá a entender que a guerra se arrastará.
Mais uma opinião precipitada de minha parte: o país onde colhi laranjas e transportei galináceos pode sentir segurança, porque segurança nada mais é do que um estado de espírito. Há gente que vive em fortalezas cercadas por guardas armados e não se livra do medo. Outros tomam pequenas providências (um cachorro, um alarme ou uma tranca na porta) e permanecem em paz, destemidos.
Mas não há segurança alguma enquanto inimigos forem assassinados num enclave hostil a 80 quilômetros de Tel Aviv ou a 76 de Jerusalém. Ainda pior se a célebre inteligência judaica, incapaz de prever o ataque de outubro, provavelmente não tenha a mínima ideia do tamanho do arsenal armazenado pela milícia terrorista e seus próximos planos.
Por quatro dias, enquanto Pelé estiver exibindo seus dribles fáceis, a guerra parecerá liquidada. Depois volta tudo: a matança local, o antissemitismo mundial, a covardia, a ira e a inconsequência de analistas sem preparo.
Os próximos passos são evidentes. Liquidar Gaza, botar tudo no chão e desalojar seus túneis. Em seguida, num passo ainda mais delicado, voltar-se ao sul do enclave, para onde, por orientação das próprias forças de defesa de Israel, a maior parte da população palestina inocente e culpadíssimo Hamás se mudaram.
Não há outra saída. Sem norte e sem sul (que é terra egípcia e não tolera terroristas), encurralados, portanto, os otimistas que voltaram a comer falafel nos bares, creem que o Hamás se renderá incondicionalmente.
Ou, meu Deus (que Deus?), acuados, estarão prontos para uma nova e mortífera empreitada, talvez mais virulenta que a anterior – e capaz de mover forças muito maiores do que as agora em questão.
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