Perdido em Israel - Trecho 50

O líder que julga ser Davi

Não há como negar que o atual presidente de Israel optou por uma posição nacionalista e não escuta grande parte de sua própria nação, além de lançar seu ódio a quem o desafiar. Infelizmente, ele ainda tem algum apoio da extrema-direita local, que o elegeu e defendeu suas decisões monocráticas, entre as quais a tentativa de engolir o sistema judiciário local.
Tenta mostrar força ao destruir a faixa de Gaza e todos que nela vivem. A atitude é mais que justificável depois de seu país ter sido vítima do segundo maior ataque terrorista de que se tem conhecimento (ou o maior de todos, comparadas as proporções e as populações dos EUA e de Israel, locais dos ataques).
E que ninguém se iluda quanto às vítimas inocentes que vão perecer – o próprio estado judaico, talvez, como já vimos.
O fato de Bibi ladrar como se fosse o pobre Davi contra o sanguinário e gigantesco Golias, não esconde o tamanho de sua fraqueza e a desídia com a qual vem exercendo seu cargo.
É sua culpa mostrar ao mundo a fraqueza militar e da inteligência de Israel. Hoje, durante a guerra, os próprios sabras estão convencidos de que o outrora implacável Mossad transformou-se em um bando de funcionários públicos que, suspeita-se, joga dominó em seu local de trabalho.
O estrago que ele causou entre judeus que vivem em outras nações gerando o exacerbamento do antissemitismo em todo o planeta, não pode ser negado. E o único ganho dessa política pífia de resultados irrecuperáveis é que muitos judeus voltaram a unir-se apaixonadamente, provocando um aumento expressivo nas listas de novos sionistas, que atulham as gavetas das agências judaicas.
De parte a parte, entretanto, todos esses são sintomas de um acirramento de ânimos indesejável.

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