Perdido em Israel - Trecho 35
Incomoda, porém, o uso irresponsável da palavra genocídio. Com a mesma paixão que nutri por Israel há 54 anos (nenhuma, como se viu), hoje uma nação de líderes fracos e ideias repulsivas, isso eu não aceito.
Que os homens cometem genocídios desde priscas era, todos sabemos. Foram-se povos inteiros na colonização espanhola da América do Sul e Central. As populações indígenas e estrangeiras de diversas nações (inclusive o Brasil) também acabaram dizimadas e, com processos distintos, houve genocídios na África, na Ásia e na União Soviética.
Genocídio significa sistematizar a matança de humanos, e muitos povos podem chorar suas perdas até o fim dos tempos. Os sobreviventes dessa selvageria sabem, sem dúvida, o tamanho da dor e das consequências que carregam.
Os judeus, por tudo o que já foi dito e confirmado pertencem a uma etnia que pode usar os termos Holocausto e Genocídio com a devida dignidade e respeito - e em maiúsculas.
Acusá-los de ser praticantes daquilo que quase os eliminou da face da Terra é brutal e estúpido.
No filme de Quentin Tarantino, uma deliciosa vingança póstuma e fictícia, chamada Bastardos inglórios, veem-se judeus americanos que, num ato de resistência, matam americanos e tiram seus escalpos e, por fim, matam Hitler, toda a cúpula nazista e dão fim sangrento (mas sempre bem-humorado) ao dito Reich de Mil Anos.
O filme é surpreendente por isso mesmo. Na longa história de pogroms, inquisições e genocídios, quase não há registro de reação da parte dos agredidos, o que lhes rendeu o nada nobre epíteto de “covardes”. E agora o de “genocidas”.
Foi isso que a mídia, as redes sociais e até algumas autoridades mundiais (como o presidente Lula, acreditem) começaram a dizer com a virulência antissemita de outros tempos.
Imagens da Faixa de Gaza ardendo e sistematicamente destroçada reforçaram essa narrativa, dando pouca chance aos palestinos (homens, mulheres e crianças) pacíficos, inevitavelmente utilizados pelo grupo radical como escudos humanos.
Próximo - trecho 36
Genocídio significa sistematizar a matança de humanos, e muitos povos podem chorar suas perdas até o fim dos tempos. Os sobreviventes dessa selvageria sabem, sem dúvida, o tamanho da dor e das consequências que carregam.
Os judeus, por tudo o que já foi dito e confirmado pertencem a uma etnia que pode usar os termos Holocausto e Genocídio com a devida dignidade e respeito - e em maiúsculas.
Acusá-los de ser praticantes daquilo que quase os eliminou da face da Terra é brutal e estúpido.
No filme de Quentin Tarantino, uma deliciosa vingança póstuma e fictícia, chamada Bastardos inglórios, veem-se judeus americanos que, num ato de resistência, matam americanos e tiram seus escalpos e, por fim, matam Hitler, toda a cúpula nazista e dão fim sangrento (mas sempre bem-humorado) ao dito Reich de Mil Anos.
O filme é surpreendente por isso mesmo. Na longa história de pogroms, inquisições e genocídios, quase não há registro de reação da parte dos agredidos, o que lhes rendeu o nada nobre epíteto de “covardes”. E agora o de “genocidas”.
Foi isso que a mídia, as redes sociais e até algumas autoridades mundiais (como o presidente Lula, acreditem) começaram a dizer com a virulência antissemita de outros tempos.
Imagens da Faixa de Gaza ardendo e sistematicamente destroçada reforçaram essa narrativa, dando pouca chance aos palestinos (homens, mulheres e crianças) pacíficos, inevitavelmente utilizados pelo grupo radical como escudos humanos.
Próximo - trecho 36
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário.