Perdido em Israel - Trecho 31
Piorou muito essa percepção nos dias subsequentes. Nossa passagem pela Holanda foi tão criminosa (isso mesmo: facínora) que quase levou o grupo inteiro (setenta pessoas, lembram-se?) à cadeia de Amsterdã. Pela manhã, um ônibus levou a trupe completa para a pequena cidade de Volendam, um presépio de casinhas coloridas alinhadas em frente ao Marketmeer, que é um avanço do oceano nas terras baixas daquele país.
Nunca estive lá outra vez, mas presumo que ainda é um pequeno balneário de verão, visitado o ano inteiro por turistas em busca de fotos pitorescas e lembranças que eram vendidas em cada uma das casinhas típicas. Pois a malta de jovens foi impiedosa. Sempre em grupos pequenos, entrou em cada uma das lojinhas (cujos proprietários viviam pacificamente no piso superior) e cometeu um assalto de proporções notáveis. Vi muitos dos companheiros de excursão carregando chocolates, pratinhos, miniaturas de moinho e tamancos típicos daquele país. Mas não percebi que o estrago era muito maior.
Quando voltamos para o luxuoso hotel da capital dos canais, eu e os saqueadores ouvimos, ao cair da tarde, a chegada de um grupo de viaturas policiais, que bloqueou as ruas e os acessos à hospedaria. Aquele aparato todo tinha destino certo: o piso em que nossos 70 ladrões estavam hospedados - que foi fechado por policiais armados até os dentes.
A situação era crítica, mas graças a um líder da excursão que era brilhante negociador, todos os vândalos de Volendam ganharam uma chance de não ir para a cadeia.
Os loiríssimos policiais espalharam grandes caixotes pelo corredor bloqueado e, um a um, os futuros trabalhadores em kibutz foram convidados a recolher toda a mercadoria saqueada e ali depositá-las. Eu não tinha nada a devolver, mas quando percorri, humilhado, o passadiço interditado, vi até televisores em miniatura e outros eletrônicos, parte do saque da manhã. Depois, os quartos foram esvaziados para inspeção e ficamos cercados por soldados armados no saguão do hotel até que se garantisse que todos os itens foram devolvidos. Humilhados e à escuta de carraspanas ), sinônimo mais forte para o que chamam de bronca.
Nunca estive lá outra vez, mas presumo que ainda é um pequeno balneário de verão, visitado o ano inteiro por turistas em busca de fotos pitorescas e lembranças que eram vendidas em cada uma das casinhas típicas. Pois a malta de jovens foi impiedosa. Sempre em grupos pequenos, entrou em cada uma das lojinhas (cujos proprietários viviam pacificamente no piso superior) e cometeu um assalto de proporções notáveis. Vi muitos dos companheiros de excursão carregando chocolates, pratinhos, miniaturas de moinho e tamancos típicos daquele país. Mas não percebi que o estrago era muito maior.
Quando voltamos para o luxuoso hotel da capital dos canais, eu e os saqueadores ouvimos, ao cair da tarde, a chegada de um grupo de viaturas policiais, que bloqueou as ruas e os acessos à hospedaria. Aquele aparato todo tinha destino certo: o piso em que nossos 70 ladrões estavam hospedados - que foi fechado por policiais armados até os dentes.
A situação era crítica, mas graças a um líder da excursão que era brilhante negociador, todos os vândalos de Volendam ganharam uma chance de não ir para a cadeia.
Os loiríssimos policiais espalharam grandes caixotes pelo corredor bloqueado e, um a um, os futuros trabalhadores em kibutz foram convidados a recolher toda a mercadoria saqueada e ali depositá-las. Eu não tinha nada a devolver, mas quando percorri, humilhado, o passadiço interditado, vi até televisores em miniatura e outros eletrônicos, parte do saque da manhã. Depois, os quartos foram esvaziados para inspeção e ficamos cercados por soldados armados no saguão do hotel até que se garantisse que todos os itens foram devolvidos. Humilhados e à escuta de carraspanas ), sinônimo mais forte para o que chamam de bronca.
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